quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Safo de Lesbos

Da beleza (fr. 16 PLF)


Uns dizem que é uma hoste de cavalaria, outros de infantaria;
outros dizem ser uma frota de naus, na terra negra,
a coisa mais bela: mas eu digo ser aquilo
que se ama.

Muito fácil é tornar isto compreensível
a toda e qualquer pessoa: ela que de longe
à raça humana sobrelevava em beleza, Helena,
o nobre marido

deixou e foi a navegar até Tróia.
Nem da filha nem dos pais amados
quis de todo saber, mas arrastou-a…




agora de Anactória me lembrei,
embora ela esteja ausente:

eu quereria antes ver o seu amoroso andar
e o brilho refulgente do seu rosto
do que ver os carros e a infantaria dos Lídios
com suas armas.




Anacreonte (575 - 490 a.C.)

Da sua Lira, in Odes (Fragmento. Trad. A.F. de Castilho)

Adeus grandes homens! Buscai noutra lira
o vosso louvor !
A minha não sabe: não pode; suspira
     só cantos de amor.



terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Três traduções de poemas de Alceu - Fr.96 Diehl


Alceu - Fr.357 LP

Reluz em bronze a sala.De elmos brilhantes todo o teto está
apinhado, onde se ondeiam crinas alvas de cavalo, que hão de
ornar a testa dos guerreiros. E dos ganchos penduradas, mil luzidas
caneleiras são o aval contra uma lança poderosa. De linho
novo revestidas,as couraças juncam-se no chão, em meio a
côncavos escudos. Espadas da Calcídia pelos lados, montes de
túnicas e cinturões. Que não se esqueça coisa alguma, que a
peleja se aproxima.

[Tradução: Antônio Medina Rodrigues] 


Alceu - A décima musa

ó

coroada de violetas

sorriso-mel

sagrada

Safo

Tradução: Haroldo de Campos



Três traduções de poemas de Alceu - Fr.96 Diehl

bebamos!
não fazem falta lâmpadas!
basta um dedo de dia para as grandes
copas multiadornadas vamos
ergue-as! o
filho de sêmele e zeus
diôniso
nos deu aos homens vinho
lassidão contra a dor - olvido:
a cada parte de água duas
só de vinho assim
plenas até a borda
bebamos -
uma após a outra - copas
e mais copas!
Tradução de Haroldo de Campos
..........................................................................................

Bebamos! Porque aguardamos as lucernas? Já só há
Um palmo de dia. Retira, célere, dos pregos, as grandes taças.
O vinho que dissipa aflições, doou-o aos homens o filho
de Zeus e Sémele. Deita-o nas taças, uma parte para duas,
cheias até à borda, e que um cálice
empurre o outro.
Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira
..........................................................................................
 
Bebamos! Por que a noite e as tochas aguardamos?
Estala, é um polegar tão breve o dia!
Pega, meu belo, as coloridas, grandes taças
Pois que o filho de Sêmele e Zeus
O vinho vela-mágoa para os homens deu.
Mistura e versa um terço de água em dois de vinho,
E jorra ao copa até que a espuma ensope a borda,
E quando um copo seca, o próximo transborde.
Tradução: Antônio Medina Rodrigues.

(Fr.346 Lobel-Page)


Para conhecer mais traduções de poetas clássicos: Primeiros escritos

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Site de Literatura

Esta site apresenta as escolas literárias brasileiras do Quinhentismo ao Romantismo e suas relações com a Literatura Europeia. Ele oferece também material didátido e questões para quem está se preparando para o vestibular: Só Literatura

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

When the Music Stopped

Matéria do jornal New York Times  sobre a cobertura da imprensa brasileira na tragédia de Santa Maria, revela ao estrangeiro o que nós já estamos cansados de viver na pele: o melhor e o pior da cultura brasileira.

http://www.nytimes.com/2013/01/31/opinion/after-the-brazil-nightclub-fire.html?_r=2&