segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Respostas - Pré-Modernismo


Pré-Modernismo

1) Nas duas primeiras décadas de nosso século, as obras de Euclides da Cunha e de Lima Barreto, tão diferentes entre si, têm como elemento comum:
a) a intenção de retratar o Brasil de modo otimista e idealizante.
b) a adoção da linguagem coloquial das camadas populares do sertão.
c) a expressão de aspectos até então negligenciados da realidade brasileira.
d) a prática de um experimentalismo lingüístico radical.
e) o estilo conservador do antigo regionalismo romântico.


2) Sobre a obra "Triste fim de Policarpo Quaresma", é INCORRETO afirmar que:
a) mantém em seqüência o plano ideológico romântico, tratado humoristicamente.
b) reflete a tendência da época pré-modernista de inconformismo e renovação.
c) expõe um cenário urbano, com tipos peculiares do cotidiano.
d) indica ruptura no plano estético, pois apresenta linguagem inovadora.
e) retrata a postura do autor de observador da realidade.




3) Inspirado no determinismo mais rígido, em moda no seu tempo, o autor procura mostrar que aqueles sertanejos não eram culpados como criminosos, mas que foram produto inevitável de um conjunto de fatores geográficos, raciais e históricos. Nada mais natural que se unissem em torno de seu profeta e por ele morressem, defendendo casa a casa o estranho arraial.

O trecho anterior está-se referindo à obra que consagrou
a) Olavo Bilac.
b) Euclides da Cunha.
c) Lima Barreto.
d) Augusto dos Anjos.
e) Raul Pompéia.


4) TEXTO 1

"... Como se sabia, o supremo pavor dos sertanejos era morrer a ferro frio, não pelo temor da morte senão pelas suas conseqüências, porque acreditavam que, por tal forma, não se lhes salvaria a alma. Exploravam esta superstição ingênua. Prometiam-lhes não raro a esmola de um tiro, à custa de revelações. Raros as faziam. Na maioria emudeciam, estóicos, inquebráveis - defrontando a perdição eterna. Exigiam-lhes vivas à República."

TEXTO 2

" - Mas você está muito enganada, mana. É preconceito supor-se que todo homem que toca violão é um desclassificado. A modinha é a mais genuína expressão da poesia nacional e o violão é o instrumento que ela pede. (...) Convém que nós não deixemos morrer as nossas tradições, os usos genuinamente nacionais."

Após a leitura atenta dos textos 1 e 2, analise as afirmativas a seguir:

1) Ambos pertencem a obras pré-modernistas, pois refletem temáticas nacionalistas e contemporâneas aos autores, mas com um viés crítico e exaltador.
2) O texto 1 é um trecho d' "Os Sertões", obra em que Euclides da Cunha descortina o interior do Brasil, traçando um retrato do Arraial de Canudos e do líder místico Antônio Conselheiro.
3) O texto 2 é parte do romance "Recordações do Escrivão Isaías Caminha", de Lima Barreto, de estilo simples e despojado. Seus cenários são os subúrbios cariocas, onde denunciava preconceitos sociais.

Está(ão) correta(s):
a) 2 apenas
b) 1, 2 e 3
c) 2 e 3 apenas
d) 1 e 3 apenas
e) 1 apenas

5) Assinale com V (Verdadeiro) ou F (Falso) as afirmações abaixo sobre a obra "Os Sertões", de Euclides da Cunha.

(    ) No texto de Euclides da Cunha, misturam-se o requinte da linguagem, a intenção científica e o propósito jornalístico.
(    ) A obra euclideana insere-se numa tradição da literatura brasileira que tematiza o povoamento do sertão, iniciada ainda no Romantismo com Bernardo Guimarães.
(    ) Euclides da Cunha escreveu "Os Sertões" com base nas reportagens que realizou como correspondente do jornal "O Estado de São Paulo".
(    ) Antônio Conselheiro é uma personagem fictícia criada pelo imaginário do autor.
(    ) O episódio de Canudos, retratado no texto de Euclides da Cunha, faz parte dos movimentos de protesto surgidos logo após a proclamação da Independência do Brasil.

A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) V- F- V- F- F
b) V- V- V- F- F
c) F- F- V- V- F
d) F- V- F- F- V
e) V- V- F- F- F

6) Quando Pedro I lança aos ecos o seu grito histórico e o país desperta esturvinhado à crise de uma mudança de dono, o caboclo ergue-se, espia e acocora-se, de novo.
            Pelo 13 de maio, mal esvoaça o florido decreto da Princesa e o negro exausto larga num uf! o cabo da enxada, o caboclo olha, coça a cabeça, imagina e deixa que do velho mundo venha quem nele pegue de novo.
            A 15 de novembro troca-se um trono vitalício pela cadeira quadrienal. O país bestifica-se ante o inopinado da mudança. O caboclo não dá pela coisa.
            Vem Floriano: estouram as granadas de Custódio; Gumercindo bate às portas de Roma; Incitatus derranca o país. O caboclo continua de cócoras, a modorrar...
            Nada o desperta. Nenhuma ferretoada o põe de pé. Social, como individualmente, em todos os atos da vida, Jeca antes de agir, acocora-se.

                        MONTEIRO LOBATO

É nesta crônica que Monteiro Lobato fotografa a imagem do caipira, apresentado como uma "raça intermediária", que perdeu o primitivismo do índio sem, no entanto, adquirir a força do colonizador. A crônica foi extraída do livro:
a) "Negrinha"
b) "O Macaco que se fez Homem"
c) "Urupês"
d) "O Presidente Negro"
e) "O Escândalo do Petróleo"

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