Respostas – MODERNISMO - Geração de 1930
1) (FUVEST) Em determinada época, o romance
brasileiro "procurou (...) enraizar fortemente as suas histórias e os seus
personagens em espaços e tempos bem circunscritos, extraindo de situações
culturais típicas a sua visão do Brasil."
(
Alfredo Bosi )
Esta afirmação aplica-se a
a) Vidas Secas e Fogo Morto.
b) Macunaíma e A Hora da Estrela.
c) A Hora da Estrela e Serafim Ponte Grande.
d) Fogo Morto e Serafim Ponte Grande.
e) Vidas Secas e Macunaíma.
2) (UNITAU) O estilo conciso, a linguagem
sóbria, a técnica da interiorização e a análise psicológica caracterizam-no,
principalmente em sua obra "Angústia".
Trata-se de:
a) Jorge Amado.
b) Érico Veríssimo.
c) Graciliano Ramos.
d) José Lins do Rego.
e) Clarice Lispector.
3) (UFPE) " A natureza representou a
afirmação do nacionalismo brasileiro, nos períodos romântico e
modernista."
Partindo deste pressuposto, assinale a
alternativa incorreta.
a) "O exotismo e a exuberância da
natureza brasileira tanto inspiraram os autores românticos quanto os
modernistas."
b) "O ufanismo nacionalista foi
explorado no Romantismo, enquanto no Modernismo havia, para o nacionalismo, uma
perspectiva crítica."
c) "Para os românticos, a natureza
exerceu profundo fascínio; nela eles viam a antítese da civilização que os
oprimia."
d) "No Modernismo, os
princípios nacionalistas defendidos por seus representantes incluíam o culto à
natureza, comprometido com a visão européia de mundo."
e) "Nas várias tendências do movimento
modernista, a natureza não se apresenta transfigurada, mas real. Os modernistas
não se consideravam nacionalistas exaltados só pelo simples fato de serem
brasileiros. Antes de mais nada, não tinham medo de falar dos males do
Brasil."
4) (UFPE) Nos poemas, contos e romances cuja
temática é nordestina, a literatura moderna apresenta a NATUREZA quase sempre
inóspita, agressiva. Qual dos fragmentos não justifica esta afirmação?
a) "Chegariam a uma terra desconhecida e
civiliza-da, ficariam presos nela. E o sertão continuaria a mandar gente para
lá. O sertão mandaria para a cidade homens fortes, brutos como Fabiano, sinhá
Vitória e os dois meninos." (Graciliano
Ramos, em "VIDAS SECAS").
b) "Há uma miséria maior do que morrer
de fome no deserto: é não ter o que
comer na terra de Canaã." (José
Américo de Almeida, em "A BAGACEIRA")
c) "Tirei mandioca de chãsque o vento
vive a esfolare de outras escalavradaspela seca faca solar" (João Cabral de Melo Neto, em "MORTE E
VIDA SEVERINA")
d) "Debaixo de um juazeiro grande, todo
um bando de retirantes se arranchara (...) Em toda a extensão da vista, nem uma
outra árvore surgia. Só aquele velho juazeiro, devastado e espinhento,
verdejaria a copa hospitaleira na desolação cor de cinza da paisagem " (Rachel de Queiroz, em "O
QUINZE")
e) "Este açúcar veiode uma
usina de açúcar em Pernambuco(...)Este açúcar era canae veio dos canaviais
extensosque não nascem por acasono regaço do vale." (Ferreira Gullar em "O AÇÚCAR")
5) (UEL) Na década de 30, revelaram-se
escritores que souberam revitalizar as conquistas estéticas e culturais da
primeira fase do Modernismo, tais como os autores de
a) SAGARANA e LAÇOS DE FAMÍLIA.
b) MEMÓRIAS SENTIMENTAIS DE JOÃO MIRAMAR e
CONTOS NOVOS.
c) TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA e CANAÃ.
d) MENINO DE ENGENHO e O QUINZE.
e) PAULICÉIA DESVAIRADA e MARTIM-CERERÊ.
6) (UNESP) A partir da leitura dos seguintes
poemas, assinale a alternativa INCORRETA com relação ao Modernismo.
I - VÍCIO DA FALA
"Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados."
(Oswald
de Andrade)
II - POEMA DO BECO
"Que importa a paisagem, a Glória, a
baía, a linha do horizonte?
- O que eu vejo é o beco."
(Manuel
Bandeira)
III - FESTA FAMILIAR
"Em outubro de 1930
Nós fizemos - que animação!
Um pic-nic com carabinas."
(Murilo
Mendes)
IV - COTA ZERO
"Stop
A vida parou
ou foi o automóvel?"
(Carlos
Drummond de Andrade)
a) Os poemas quando não se fixam em uma cena
da vida cotidiana podem refletir sobre a nossa história com muito humor e
ironia.
b) Predomínio do verso livre e cultivo de uma
poesia sintética.
c) Introdução da fala popular e elementos
característicos da prosa.
d) Os poemas mostram claramente uma ruptura
com os códigos literários anteriores na forma; no conteúdo buscam penetrar mais
fundo na realidade brasileira.
e) As experiências de linguagem
desses poemas modernistas tentam resgatar o formalismo e a riqueza sonora da
poesia parnasiana.
7) (UECE) É traço do Modernismo brasileiro:
a) o conformismo temático e estilístico
b) rigidez formal, principalmente na poesia
c) apego a temas bíblicos e formas
parnasianas
d) liberdade de expressão no
conteúdo e na forma
8) (CESGRANRIO) Toda época literária mantém
um diálogo com fases anteriores, tanto em relação à escolha temática quanto em
relação ao aproveitamento de recursos formais. Qual a observação INCORRETA na
relação entre os estilos de época?
a) A poesia da década de 1930
filia-se à experiência do Parnasianismo.
b) O romance de 30 aprofunda a perspectiva do
Realismo.
c) A poesia concreta valoriza os processos
lúdicos do Barroco.
d) O Modernismo de 22 redimensiona a
preocupação nacionalista do Romantismo.
e) A poesia de 45 rompe com a liberdade
formal do Modernismo.
9) (FAAP) Texto I
"Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Gonçalves
Dias
Texto II
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas,
cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a
prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a
Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de
verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
Murilo
Mendes
O texto II pertence ao estilo de época do:
a) modernismo
b) dadaísmo
c) futurismo
d) pré-modernismo
e) simbolismo
10) (PUCMG)
"O poeta come amendoim"
(A
Carlos Drummond de Andrade)
Noites pesadas de cheiros e calores amontoados...
Foi o sol que por todo o sítio imenso do
Brasil
Andou marcando de moreno os brasileiros.
Estou pensando nos tempos de antes de eu
nascer...
(...)
A gente ainda não sabia se governar...
Progredir, progredimos um tiquinho
Que o progresso também é uma fatalidade...
Será o que Nosso Senhor quiser!...
Estou com desejos de desastres...
(...)
Brasil...
Mastigado na gostosura quente do amendoim
Falando numa língua curumim
De palavras incertas num remeleixo melando
melancólico...
Saem lentas frescas trituradas pelos meus
dentes bons...
(Mário
de Andrade)
O texto dado pertence ao estilo de época
Modernismo, porque:
a) revela que a literatura absorveu
a linguagem coloquial.
b) apresenta pontuação expressiva como um
texto romântico, herança fundamental do estilo.
c) exalta a inspiração poética em detrimento
do trabalho poético.
d) evidencia ufanismo com crítica mordaz.
e) comprova o vínculo com o passado no que se
refere aos aspectos formais.
11) (UFRS) Assinale a afirmação correta sobre
o Romance de 30.
a) Predominou, entre os autores, uma
preocupação de renovação estética seguindo os padrões da vanguarda literária
européia.
b) Na obra de José Lins do Rego, predomina a
narrativa curta na recriação do modo de vida dos senhores de engenho.
c) Os autores, em suas obras,
tematizaram os problemas sociais com o intuito de denunciar as agruras das
populações menos favorecidas.
d) O caráter regionalista dos romances deste
período deve-se à reprodução fiel do linguajar típico de cada região.
e) A obra de Jorge Amado pode ser considerada
uma exceção, no conjunto da época, porque seus romances apresentam uma grande inovação
na estrutura narrativa.
12) (MACKENZIE) Assinale a alternativa na
qual aparece um trecho que NÃO pode ser creditado a qualquer escritor da prosa
modernista dos anos trinta.
a) Já não pareciam condenados a trabalhos
forçados: assimilavam o interesse da produção. E o senhor de engenho
premiava-lhes as iniciativas adquirindo-lhes os produtos a bom preço.
b) Clape-clape. As alpercatas batiam no chão
rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os
braços moviam-se desengonçados. Parecia um macaco. Entristeceu. Considerar-se
plantado em terra alheia! Engano.
c) Toda gente tinha achado estranha a maneira
como o Capitão Rodrigo Cambará entrara na vida de Santa Fé. Um dia chegou a
cavalo, vindo ninguém sabia de onde, com o chapéu barbicado puxado para a nuca,
a bela cabeça de macho altivamente erguida, e aquele seu olhar de gavião que
irritava e ao mesmo tempo fascinava as pessoas.
d) Explico ao senhor: o diabo vive
dentro do homem, os crespos do homem - ou é o homem arruinado, ou o homem dos
avêssos. Sôlto, por si, cidadão, é que não tem diabo nenhum. Nenhum! - é o que
digo. O senhor aprova? Me declare tudo, franco - é alta mercê que me faz: e
pedir posso, encarecido. Êste caso - por estúrdio que me vejam - é de minha
certa importância.
e) Antônio Balduíno fala. Ele não está
fazendo discurso, gente. Está é contando o que viu na sua vida de malandro.
Narra a vida dos camponeses nas plantações de fumo, o trabalho dos homens sem
mulheres, o trabalho das mulheres nas fábricas de charuto. Perguntem ao Gordo
se pensarem que é mentira. Conta o que viu. Conta que não gostava de operário,
de gente que trabalhava.
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