1) Nas duas primeiras décadas de nosso século, as obras de
Euclides da Cunha e de Lima Barreto, tão diferentes entre si, têm como elemento
comum:
a) a intenção de retratar o Brasil de modo otimista e
idealizante.
b) a adoção da linguagem coloquial das camadas populares do
sertão.
c) a expressão de aspectos até então
negligenciados da realidade brasileira.
d) a prática de um experimentalismo lingüístico radical.
e) o estilo conservador do antigo regionalismo romântico.
2) Sobre a obra "Triste fim de Policarpo Quaresma", é
INCORRETO afirmar que:
a) mantém em seqüência o plano
ideológico romântico, tratado humoristicamente.
b) reflete a tendência da época pré-modernista de
inconformismo e renovação.
c) expõe um cenário urbano, com tipos peculiares do
cotidiano.
d) indica ruptura no plano estético, pois apresenta
linguagem inovadora.
e) retrata a postura do autor de observador da realidade.
3) Inspirado no determinismo mais rígido, em moda no seu tempo,
o autor procura mostrar que aqueles sertanejos não eram culpados como
criminosos, mas que foram produto inevitável de um conjunto de fatores
geográficos, raciais e históricos. Nada mais natural que se unissem em torno de
seu profeta e por ele morressem, defendendo casa a casa o estranho arraial.
O trecho anterior está-se referindo à obra que consagrou
a) Olavo Bilac.
b) Euclides da Cunha.
c) Lima Barreto.
d) Augusto dos Anjos.
e) Raul Pompéia.
4) TEXTO 1
"... Como se sabia, o supremo pavor dos sertanejos era
morrer a ferro frio, não pelo temor da morte senão pelas suas conseqüências,
porque acreditavam que, por tal forma, não se lhes salvaria a alma. Exploravam
esta superstição ingênua. Prometiam-lhes não raro a esmola de um tiro, à custa
de revelações. Raros as faziam. Na maioria emudeciam, estóicos, inquebráveis -
defrontando a perdição eterna. Exigiam-lhes vivas à República."
TEXTO 2
" - Mas você está muito enganada, mana. É preconceito
supor-se que todo homem que toca violão é um desclassificado. A modinha é a
mais genuína expressão da poesia nacional e o violão é o instrumento que ela
pede. (...) Convém que nós não deixemos morrer as nossas tradições, os usos
genuinamente nacionais."
Após a leitura atenta dos textos 1 e 2, analise as
afirmativas a seguir:
1) Ambos pertencem a obras pré-modernistas, pois refletem
temáticas nacionalistas e contemporâneas aos autores, mas com um viés crítico e
exaltador.
2) O texto 1 é um trecho d' "Os Sertões", obra em
que Euclides da Cunha descortina o interior do Brasil, traçando um retrato do
Arraial de Canudos e do líder místico Antônio Conselheiro.
3) O texto 2 é parte do romance "Recordações do
Escrivão Isaías Caminha", de Lima Barreto, de estilo simples e despojado.
Seus cenários são os subúrbios cariocas, onde denunciava preconceitos sociais.
Está(ão) correta(s):
a) 2 apenas
b) 1, 2 e 3
c) 2 e 3 apenas
d) 1 e 3 apenas
e) 1 apenas
5) Assinale com V (Verdadeiro) ou F (Falso) as afirmações
abaixo sobre a obra "Os Sertões", de Euclides da Cunha.
( ) No texto de
Euclides da Cunha, misturam-se o requinte da linguagem, a intenção científica e
o propósito jornalístico.
( ) A obra
euclideana insere-se numa tradição da literatura brasileira que tematiza o
povoamento do sertão, iniciada ainda no Romantismo com Bernardo Guimarães.
( ) Euclides da
Cunha escreveu "Os Sertões" com base nas reportagens que realizou
como correspondente do jornal "O Estado de São Paulo".
( ) Antônio
Conselheiro é uma personagem fictícia criada pelo imaginário do autor.
( ) O episódio de
Canudos, retratado no texto de Euclides da Cunha, faz parte dos movimentos de
protesto surgidos logo após a proclamação da Independência do Brasil.
A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima
para baixo, é
a) V- F- V-
F- F
b)
V- V- V- F- F
c) F- F- V-
V- F
d) F- V- F-
F- V
e) V- V- F- F- F
6) Quando Pedro I lança aos ecos o
seu grito histórico e o país desperta esturvinhado à crise de uma mudança de
dono, o caboclo ergue-se, espia e acocora-se, de novo.
Pelo 13 de
maio, mal esvoaça o florido decreto da Princesa e o negro exausto larga num uf!
o cabo da enxada, o caboclo olha, coça a cabeça, imagina e deixa que do velho
mundo venha quem nele pegue de novo.
A 15 de
novembro troca-se um trono vitalício pela cadeira quadrienal. O país
bestifica-se ante o inopinado da mudança. O caboclo não dá pela coisa.
Vem
Floriano: estouram as granadas de Custódio; Gumercindo bate às portas de Roma;
Incitatus derranca o país. O caboclo continua de cócoras, a modorrar...
Nada o
desperta. Nenhuma ferretoada o põe de pé. Social, como individualmente, em
todos os atos da vida, Jeca antes de agir, acocora-se.
MONTEIRO LOBATO
É nesta crônica que Monteiro
Lobato fotografa a imagem do caipira, apresentado como uma "raça
intermediária", que perdeu o primitivismo do índio sem, no entanto,
adquirir a força do colonizador. A crônica foi extraída do livro:
a) "Negrinha"
b) "O Macaco que se fez Homem"
c) "Urupês"
d) "O Presidente Negro"
e) "O Escândalo do Petróleo"
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